Gestão de Resíduos: Guia para Classificação e Valorização Correta

Uma gestão de resíduos eficiente começa com um passo essencial: a classificação correta dos materiais descartados. Saber identificar os diferentes tipos de resíduos é o que permite não só uma destinação ambientalmente adequada, mas também a valorização desses materiais, transformando o que seria lixo em insumo para novas cadeias produtivas.

Neste guia, você vai entender como funciona a classificação dos resíduos e por que ela é fundamental para tornar o processo de gestão mais sustentável e vantajoso.

Classificação dos resíduos: o que diz a legislação

A classificação de resíduos no Brasil é orientada pela ABNT NBR 10004, que os divide principalmente em dois grandes grupos:

  • Resíduos Classe I – Perigosos: apresentam características como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade. Exemplos incluem pilhas, baterias, óleos, solventes e resíduos industriais específicos.
  • Resíduos Classe II – Não Perigosos, subdivididos em:
    • Classe II A – Não Inertes: podem se decompor, como resíduos orgânicos e alguns tipos de plásticos e papéis contaminados.
    • Classe II B – Inertes: não se decompõem ou não reagem com outros materiais, como vidro, cerâmica e alguns tipos de entulho.

Essa classificação permite definir os procedimentos corretos de armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, conforme o risco ambiental e à saúde pública envolvido.

Etapas para uma gestão eficiente

  • Identificação e segregação na fonte – O primeiro passo é separar corretamente os resíduos no local onde são gerados. Essa prática evita contaminações e facilita o reaproveitamento.
  • Armazenamento adequado – Cada tipo de resíduo deve ser armazenado em recipientes apropriados, com identificação clara e em local coberto e ventilado, seguindo as exigências ambientais e sanitárias.
  • Destinação ambientalmente adequada – Após a segregação, os resíduos devem ser encaminhados para o tratamento correto: reciclagem, compostagem, coprocessamento, incineração ou aterro licenciado, conforme sua classe.
  • Valorização de resíduos – Ao identificar materiais recicláveis ou reaproveitáveis, a empresa pode integrá-los em processos produtivos, reduzir custos e até gerar receita com a comercialização desses resíduos.

Benefícios da valorização correta

A valorização dos resíduos vai além da questão ambiental. Ela proporciona vantagens econômicas, melhora o desempenho da empresa em indicadores ESG, contribui com a economia circular e reduz a dependência de matérias-primas virgens.

Empresas que adotam esse tipo de prática demonstram comprometimento com a sustentabilidade e se destacam no mercado por sua responsabilidade socioambiental.

Um compromisso com a gestão inteligente de resíduos

Classificar e valorizar corretamente os resíduos é parte fundamental de uma gestão ambiental eficiente. Com organização, conhecimento técnico e comprometimento, é possível transformar desafios em soluções sustentáveis.

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